O ilustre Robert Capa
Existem nomes que marcam a fotografia. Um deles é Robert Capa, um dos maiores fotojornalistas da história e fundador da Agência Magnum.
Robert Capa
Registrado como Endre Ernő Friedmann e nascido em Budapeste, em 22 de outubro de 1913, ganhou espaço na fotografia de guerra, cobrindo os mais importantes acontecimentos do início do século 20.
Começou a fotografar em 1931, quando registrou Leon Trótski, durante um congresso em Copenhague. Antes disso, por ser fichado pela polícia, teve que se exilar em Berlim.
Contudo, com o desencadeamento do nazismo fez com que Robert deixasse Berlim em 1932, devido à sua religião, judaica. Passando por Viena e depois Paris, o fotógrafo adota como nome profissional “Robert Capa”.
Sua namorada e também fotógrafa-produtora Gerda Taro, ajudou no processo de criação desse personagem. Em 1937, ela morreu enquanto estava fotografando com Capa a Guerra Civil Espanhola. Porém, a história do fotógrafo com as guerras não acaba aí. Posteriormente fotografou o conflito sino-japonês, na China, em 1938. Depois de passar pela Espanha, Capa migra para os Estados Unidos, onde consegue emprego na tão renomada revista Life.
Sua história
As fotografias de Robert Capa são históricas e muito vistas e admiradas até hoje, sendo dois grandes exemplos a foto do “Dia D” e a “Morte de um Miliciano”.
Foi depois dessa guerra que se juntou com mais três fotógrafos, David Seymour, Henri-Cartier-Bresson e George Rodger e juntos fundaram a Agência Magum.
Durante a Guerra da Indochina, em 25 de maio de 1954, Capa morreu ao pisar em uma mina terrestre e seu corpo foi encontrado com as câmeras entre as mãos. O fotógrafo uma vez disse que “Se suas fotos não estão boas o suficiente, é porque você não está perto do suficiente” e foi assim, buscando a maior aproximação possível, que Capa se despediu.
Como visto, foi um importante fotojornalista que fez história. Suas fotos são famosas pelo mundo inteiro e não há um fotógrafo atual que não o admire. Sua trajetória demonstra muita força de vontade, coragem e amor pela fotografia, pois sempre buscou mostrar ao mundo as crueldades e momentos miseráveis vividos nas guerras.
Fotografia de guerra
Esteve presente com as tropas americanas no desembarque em Omaha Beach, 6 de junho de 1944, mais conhecido como Dia D, e tirou uma de suas fotos mais famosas. É de causar estranhamento uma pessoa acompanhar guerras e guerras para poder fotografar momentos tão precários, não é? Mas não só Capa, como muitos outros fotojornalistas e fotógrafos arriscavam a própria vida para poder captar aqueles instantes.

Essa fotografia, inclusive, deu vida à uma das cenas iniciais do filme “O resgate do Soldado Ryan”, que é justamente quando o Capitão Miller desembarca na Normandia. Se você observar direitinho, irá perceber as características da foto de Capa que serviram como referência para composição e desdobramento da cena.
Um dos aspectos que perpassa nas fotografias de guerra, ditos pelo também famoso fotojornalista Henri-Cartier-Bresson é o instante decisivo. Para quem não sabe, isso indica o momento em que a foto tem que ter tirada; é a técnica de não perder um momento que merece e deve ser fotografado.
Por isso, os fotógrafos já deixavam suas câmeras bem ajustadas, para não correr o risco de perder algum momento importante. Esse conceito guiou muitas das fotos tiradas por fotojornalistas e é algo que utilizamos até hoje. Uma das imagens capturadas por Capa, que fez história e marca a sociedade até hoje é “Morte de um Miliciano”.

Durante muito tempo acreditou-se que essa foto foi um instante decisivo. Contudo, é comprovado que, na verdade, o homem em questão estava esperando para ser morto e Robert Capa já sabia disso.
Logo, não podemos considerar a fotografia em questão como um “instante decisivo”, mas isso não diminui a grandeza dos trabalhos do fotógrafo.
Técnica
As câmeras utilizadas por Robert Capa era uma Leica 35mm, uma Cotax IIa e também uma Nikon S. Por terem lentes de curto alcanço, necessitavam de uma aproximação que o próprio fotógrafo executava, ou seja, Capa chegava muito perto do perigo.
Sua coragem e legado são imensuráveis para a história do mundo e da fotografia, sendo repercutida até os dias atuais.
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