Você entende sobre enquadramento?
A composição de cenas cria cenários e perspectivas diferentes. Isso é possível graças aos planos e ângulos, que possibilitam diversas formas de enquadramento.
Noção de enquadramento
Você já notou como uma filmagem ou até mesmo uma fotografia consegue passar coisas além do óbvio? Uma cena de um filme, a partir do momento que é gravada em certa posição, está conversando com o telespectador, transmitindo uma mensagem que, se gravada em outro ângulo, passaria uma ideia diferente.
Assim, percebe como a escolha da ambientação e de como será mostrada afeta a construção de uma filmagem ou foto? Em filmes, séries, documentários, por exemplo, isso funciona como um “quebra cabeça”, em que várias cenas são colocadas juntas e, assim, produzem um sentido.
Então, tudo isso é questão de escolha de enquadramento, plano e ângulo e é exatamente sobre o que vamos conversar hoje. A percepção de como ficará o resultado final é uma experiência que só se ganha com a prática e o contato com esse mundo.
Qual melhor enquadramento?
Quando estamos com câmeras em mãos, temos a possibilidade de criar um mundo novo, que será arquitetado com as experiências individuais de cada um. A partir do momento em que fazemos isso, as escolhas de enquadramento são consequências do que se passa em nossa mente.
Dessa forma, determina-se o modo como o telespectador perceberá toda essa construção, e para ter um bom entendimento e a mensagem ser eficaz, é preciso conhecimento e técnica em relação ao enquadramento e escolha de ângulos. Com isso, um senso narrativo e estético será criado.
Sendo assim, o essencial para começar a entender melhor a função e importância dos planos e do enquadramento em uma filmagem ou foto é conhecer suas divisões e finalidades. Por isso, vamos citá-los mais adiante.
Mas antes, é bom lembrar que existem algumas simples diretrizes de enquadramentos, são essas:
- Regra dos terços
- Linha do horizonte
- Aproximação
- Linhas
- Padrões e texturas
Entendendo melhor
Para início, o que se tem que ter em mente é que o enquadramento depende de três coisas: o plano, a altura do ângulo e o lado do ângulo. Uma das palavras que mais se escuta no ambiente da fotografia é “plano”, e o seu entendimento é um tanto abstrato. De uma forma bem simples, entende-se como plano a distância entre a câmera e o (os) objeto (os) que compõem uma cena. Lembrando que se leva em consideração o tipo de lente que está sendo usada, sempre!

Os planos mais básicos que geralmente dão conta da maioria dos problemas quando estamos falando de enquadramento, são três.
Plano Aberto:
Pode ser considerado um plano de ambientação, ou seja, que valoriza o cenário da cena. Neste enquadramento, o objeto está em uma posição distante da câmera, de modo que ocupe pequena parte da cena.
Plano Médio:
Esse plano é considerado para ideias de posicionamentos e movimentação. Dessa forma, a câmera fica a uma distância média do objeto que, diferentemente de como é no Plano Aberto, ocupa uma área considerável da cena.
Plano Fechado:
Aqui, a valorização do objeto é maior, pois ele consegue preencher grande parte do cenário. São poucos os espaços que ficam em volta e, por ser um plano que destaca os detalhes, cria um ar de intimidade e de valorização à expressão.
Tendo esses conceitos em mente, suas filmagens ficarão ainda mais variadas, com trocas de planos e valorização de diferentes ângulos e detalhes. Contudo, essa é a forma mais básica de definição, podendo existir outras formas de classificação, se estivermos falando de produções mais detalhistas e com maior necessidade de produção.
Para esses casos, temos as seguintes definições:
Plano Geral:
Como o próprio nome já diz, é uma captura geral do cenário. A figura humana ocupa menos espaço, deixando a atenção para o ambiente. É um plano para lugares externos, mas também contempla os interiores que têm grandes proporções.
Plano de Conjunto:
Este ângulo permite melhor divisão entre o ambiente e as pessoas presentes. Isso quer dizer que há um equilíbrio entre as proporções. Assim, é possível reconhecer os rostos com facilidade e também valorizar o cenário.
Plano Médio:
O objeto é enquadrado por inteiro neste ângulo, com um espaço acima da cabeça e abaixo dos pés. Isso serve para criar um ponto de respiro na cena e não ficarmos com a sensação de que a pessoa ou objeto está muito apertado ou com pouco espaço no cenário.
Sim, o enquadramento tem essa possibilidade de nos causar sensações, nós não percebemos, mas no insciente isso afeta de alguma forma a percepção da cena.
Plano Americano:
A figura humana é posicionada do joelho para cima. É muito utilizado por telejornais, em que o apresentador é enquadrado na altura do busto ou da bancada.
Primeiro Plano:
O enquadramento é feito do peito para cima. Também é conhecido por “Close-up” ou “Close”.
Primeiríssimo Plano:
É ainda mais fechado que o Primeiro plano, podendo ser chamado de “Big Close-up” ou “Big Close”, justamente por aproximar ainda mais a câmera. O enquadramento é feito do ombro para cima.
Plano Detalhe:
A câmera valoriza uma parte específica do corpo, como lábios, nariz, olhos, entre outros. Também pode ser usado para destacar objetos pequenos, como um cigarro na mesa.
Além de termos várias opções de planos, também podemos escolher a altura e posição do ângulo dentro de um enquadramento.
Altura
Ângulo Normal:
É quando a câmera é posicionada ao nível dos olhos de uma pessoa.
Plongée
A câmera fica acima dos olhos, voltada para baixo.
Contra-Plongée
A figura humana fica acima da câmera e o equipamento se posiciona para cima.
Lado
Frontal:
A pessoa está de frente para câmera.
¾:
O equipamento capta a pessoa pela diagonal, formando um ângulo de 45 graus em relação ao nariz da figura humana.
Perfil:
É quando a câmera e o nariz da pessoa formam um ângulo de 90 graus. Assim, o enquadramento é de uma pessoa totalmente de lado.
De nuca:
A pessoa fica de costas para a câmera e sua nuca forma uma linha reta com a câmera.
Composição
Para conseguir um bom enquadramento é necessário saber usar esses conceitos e a partir disso criar as mais diversas situações.
Use a criatividade e inove em suas filmagens. Para isso, um curso de videomaker pode ser bem útil, sabia? Pois além desses, outros conceitos, como como movimentos de câmera, captação de áudio, iluminação básica, precisam ser entendidos se você quiser levar a filmagem à sério.
E aí, qual sua experiência com filmagem? Conta pra gente nos comentários! Aproveita e manda esse texto pra seus amigos 😉
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