Já ouviu falar em astrofotografia?
Existem fotos que chamam muito a nossa atenção. Sabe quando você está navegando pelo Pinterest e aparece várias imagens de céu noturno super estrelado? Chamamos isso de astrofotografia.
Foi a partir do avanço da tecnologia, lá pelo século 19, que se tornou possível o registro de satélites naturais, a exemplo da Lua, primeiro corpo celeste a ser fotografado, no ano de 1839.
Um aspecto bem bacana desse estilo é que além dos astros que podem ser vistos a olho nu, nós conseguimos visualizar objetos menos óbvios, como nebulosas e galáxias. Assim, o principal alvo dos astrofotógrafos ou amadores é a Via Láctea.

Amadores? Sim! Não precisa ser um fotógrafo profissional ou astrônomo para tirar belas fotos de um céu noturno. Hoje em dia os recursos são bem democráticos e você só precisa se afastar da cidade, ter uma câmera, um toque de conhecimento técnico e paciência.
Claro que quanto mais conhecimento e equipamentos específicos você tiver, mais produzidas e interessantes suas fotos sairão. Os materiais necessários para esse segmento são bem simples e se você for fotógrafo provavelmente já tem pelo menos a maioria.
Câmera DSLR:
O ideal mesmo é que tenha um sensor full frame, devido a sua característica de conseguir captar mais luz através de um ISO mais alto. Isso significa que são mais indicados para situações noturnas, em que a luminosidade é mais baixa. Contudo, as câmeras de lentes intercambiáveis e com sensor convencional também possibilitam registros legais.
A última opção se destaca por ter um preço mais acessível, enquanto a primeira contém mais especificações e características que podem possibilitar imagens melhores e com mais qualidade.
Lentes:
Decora aí: quanto mais ampla, melhor para fotos de astros. O que dificulta, é que essas lentes costumam ser mais caras. Então se você tem o kit básico, com lentes de 18-55cm já vai conseguir obter alguns bons resultados.
O negócio é que se você quiser mesmo investir e ter fotos incríveis, o melhor tentar obter lentes grande-angulares, que vão proporcionar um maior campo de visão.
Tripé:
Esse tipo de fotografia demanda uma longa exposição e, nesses casos, a velocidade deve ficar bem baixa. Isso porque quanto mais tempo o obturador permanece aberto, mais luz entra no sensor.
E você sabe como é difícil se manter firme segurando a câmera para não tremer, né? Porque qualquer trepidação deixar sua foto toda borrada e não é isso que queremos que aconteça.
Então, a não ser que você se garanta muito e tenha inúmeras experiências, um tripé é mais que essencial para que sua foto funcione. A disponibilidade desse acessório é bem ampla, sendo fácil adquirir um.
Mas fica ligado que para a astrofotografia alguns devem ser evitados, beleza? São os de tipo Panheads, que ao comparar com os do tipo Ballhead, percebemos que os movimentos são bastante limitados.
Além disso, mesmo com o uso desse acessório, só o fato de você pressionar o botão para dar início à captura pode prejudicar sua foto. Isso porque qualquer força mínima exercida sob a câmera fará com que ela mexa.
Por isso, é bem interessante que além do tripé você também tenha um cabo disparador ou que programe o temporizador automático. Assim você evita que sua foto não saia de acordo com o esperado.
Lâmpada de cabeça:
As astrofotografias precisam ser feitas em ambientes noturnos, sem iluminação, principalmente as artificiais – por isso que é necessário se afastar do centro da cidade e ir para lugares mais amenos -.
Dessa forma, o uso de uma lâmpada de cabeça é para te ajudar a conseguir manusear a câmera e se locomover, porque se estiver no local ideal para esse tipo de fotografia, pode ter certeza que a escuridão será uma das suas companheiras.
Aplicativos:
Esse aqui nem é essencial, mas ajuda muito se você usar. Alguns aplicativos como Stellarium, Starwalk ou Start Chart te mostram as posições das estrelas e assim fica mais fácil encontrar a melhor localização para seus registros.
Esses são os itens mais necessários para que você consiga obter fotos de estrelas e astros. Além disso, é preciso que tenha bastante paciência porque pode demorar para conseguir obter o resultado desejado.
Então você tem que ir disposto e sem pressa, entendendo que pode passar horas fazendo essas fotos. Em relação ao enquadramento, pode ser um pouco mais difícil do que é durante o dia, porque olhar para o visor não vai funcionar muito, já que estará bem escuro.
Dessa forma, a melhor alternativa é fazer o enquadramento bem improvisado e primitivo mesmo, pelo próprio olho. Direcione ao céu e busque a composição desejada, depois, é só fazer alguns clicks como testes e conferir na telinha da sua câmera se o resultado está saindo como desejado.
Outro cuidado que você deve ter é em relação ao foco. Ele precisa estar no modo manual e você que tem que defini-lo.

Agora que já sabe o que precisa para tirar fotos nesse estilo, vamos te mostrar os diferentes tipos de astrofotografias:
Deep Space:
São as imagens que vão além do nosso Sistema Solar, com a ajuda de um telescópio, claro. Os objetos visualizados nessa categoria são galáxias distantes e nebulosas.
Sistema Solar:
Nesse modelo também é necessário o uso de um telescópio, pois o que se visualiza são os planetas e lua do nosso Sistema. Uma teleobjetiva de qualidade já possibilita a criação de imagens legais, mas o indicado mesmo é o uso do instrumento ótico.
Campo amplo:
Com uma grande angular é possível fotografar o famoso céu estrelado que tanto vemos pela internet. Por ser mais simples e não exigir equipamentos muito específicos, esse é o modelo mais querido por fotógrafos iniciantes e amadores.
Time-lapse:
Essa categoria é parecida com a anterior, se distinguindo apenas porque tira muitas exposições ao longo do tempo, para posteriormente fazer algumas combinações.
Isso possibilita a criação de um vídeo e também permite o registro do movimento das estrelas ao longo da noite.
O que você acha? Conta para gente e compartilha com seus amigos, nem todo mundo conhece esse gênero fotográfico. 🙂
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